Buscapé

domingo, 11 de agosto de 2013


Assassinato da família paulistana e o ensinamento espírita

Wellington Balbo  – Bauru SP


Alguns acontecimentos abalam toda a sociedade e chocam a opinião pública tamanha frieza e crueldade dos seus protagonistas. E a mídia, claro, faz seu papel de informar, algumas vezes de forma correta, outras de maneira bem sensacionalista, o que colabora sobremaneira para que se crie bandeiras, times, com algumas pessoas torcendo fanaticamente contra e outras a favor dos protagonistas da notícia em voga.
Culpado! Dizem alguns.
Monstro! Asseveram outros.
Foi este ou aquele! Afirmam precipitados.
No entanto, a verdade não raro está oculta, encoberta por uma bem tramada história. E vamos nós no embalo a emitir julgamentos com pálidos conhecimentos do que de fato ocorreu.
A Doutrina Espírita, porém, tem o papel e dever de dar o contraexemplo em face das notícias sensacionalistas e acordar as pessoas para a realidade.
No caso da família da zona Norte de São Paulo que teve todos os seus membros assassinados de forma brutal no último dia 5 de agosto de 2013 e suspeitas de que foi um jovem de 13 anos o autor de tamanha barbárie contra a própria família, o que diz o Espiritismo a respeito de fatos como este?
Bem, tendo Jesus como modelo e guia o Espiritismo ensina que, embora não seja proibido ter opinião, é preciso, ao externalizá-la, usar a caridade e o não julgar. Exatamente! Não julgar, porquanto não conhecemos a verdade, não sabemos mesmo se foi o garoto o autor do crime, e diante de nossa ignorância não podemos emitir palavras apenas por emitir, sem compromisso com a caridade, ou pensamentos que só irão afetar os envolvidos em tão trágico acontecimento.
Somos seres que pensam, e nosso pensamento tem enorme poder, atingem o outro, colaboram ou ajudam a desestabilizar almas que já estão em conflito.
Allan Kardec comenta em A Gênese: “Que um homem tenha, por exemplo, a idéia de matar um outro, por impassível que seja seu corpo material, seu corpo fluídico é posto em ação pelo PENSAMENTO do qual reproduz todas as nuanças; ele executa fluidicamente o gesto, o ato que tem o desejo de realizar; seu PENSAMENTO cria a imagem da vítima, e a cena inteira se pinta, como num quadro, tal qual ela está em seu espírito.”
Observe que temos grande responsabilidade sobre o que pensamos, as atitudes têm início sempre em nossa mente. Daí porque devemos ter a prudência para não lançarmos dardos mentais aos espíritos envolvidos em acontecimento tão doloroso. Infelizmente nossos pensamentos são um tanto quanto indisciplinados e nada caridosos, e em face de atitudes infelizes dos outros lá estamos nós a lançar nossos julgamentos, não raro impiedosos.
Qual a postura de um cristão?
A de tranqüilidade evitando qualquer exasperação e, se possível, orar para os envolvidos, a fim de que a prece feita de coração possa alcançá-los e suavizar um pouco suas dores.
Se procurarmos praticar a empatia, ou seja, nos colocarmos no lugar do outro, verificaremos que fatos assim podem acontecer em nossa família, com nossos afetos. Como, então, gostaríamos que os outros agissem? Urrando palavras de ódio, afirmações sem certeza da verdade? Ou preferiríamos que guardassem silêncio ante nossa dor e nos respeitassem, orando para que o tempo auxilie-nos a superar tão intrincado drama?
Obviamente que quereríamos a caridade, a postura serena e cristã.
Recado dado.
Não sabemos o dia de amanhã, não sabemos o que nos espera e o que o futuro nos reserva.
O notável Shakespeare tem pensamento interessante:
“Deixe vir o que me aguarda”.
O que será que nos aguarda no futuro?
Definitivamente não sabemos. Sabemos apenas que necessitaremos da caridade alheia, de preces e muito amor para superarmos os nossos próprios desafios.
Pensemos nisto.





Wellington Balbo (Bauru – SP) é membro da Rede Amigo Espírita

sábado, 2 de março de 2013

Divulgação da Doutrina Espirita

RADIO BOA NOVA

A História da Radio Boa Nova

O início

Em 1949 começou o trabalho do Centro Espírita Nosso Lar, no bairro de Santana, na cidade de São Paulo. Depois de alguns anos, em 1958, guiados por uma orientação espiritual, deu-se início ao atendimento às crianças portadoras de deficiência intelectual e física. Dentro desta proposta, a equipe de trabalho chegou à conclusão que além de tratar e cuidar de pessoas com deficiência, teriam que ir direto à causa. Sendo assim, a melhor maneira era a comunicação, levando conhecimentos doutrinários para as pessoas, como uma forma de prevenção.

Pelos telhados – emissora de rádio

Em 1963,  a Rádio Clube de Sorocaba é adquirida. No ano seguinte, 1964, a Rádio Difusora, na cidade de Guarulhos, São Paulo também passou a fazer parte do projeto. Mas foi apenas no ano de 1975 que viria a ser chamada Rádio Boa Nova Ltda.
Sr. Osmar      
Sr. Osmar Marsili                       Sr. Gastão de Lima Neto                                                        
É importante dizer das dificuldades que os iniciadores deste projeto tiveram; de início quase não deu certo, mas Osmar Marsili rapidamente reuniu um grupo de conselheiros que juntos deram novos rumos nos trabalhos. Foi então, que em julho de 1980, o grupo visitou Chico Xavier em Uberaba, que fortaleceu o ideal dessas pessoas, dizendo que os ensinamentos da Doutrina deveria chegar pelos telhados. Naquele momento, o grupo teve certeza que estavam trilhando no caminho certo.

Fundação Espírita André Luiz

1990 foi um ano de extrema importância com relação aos trabalhos de divulgação da Doutrina Espírita. No mês de dezembro foi fundada a Fundação Espírita André Luiz com a proposta de focar o trabalho na divulgação da doutrina espírita por meio de livros, programa de rádios, TV e Internet.
 
A emissora continuava seu trabalho, sempre com muita dedicação dos voluntários e colaboradores, apesar do pequeno alcance da transmissão. Mas em 1995 aconteceu o primeiro aumento de potência, passando a ter 5.000 watts, deixando de ser uma emissora local e abrangendo São Paulo. Mas, Ainda assim, estávamos em constante crescimento: em janeiro de 2000 foi implantada a primeira rede de rádio espírita a utilizar os sistemas mais avançados de comunicação eletrônica, o que facilitou o acesso a pontos remotos do Brasil e parte do continente latino americano, com padrão de qualidade superior.
Transmissões
Depois deste avanço significativo, estava muito mais fácil chegar a lugares diferentes. Poder levar para as pessoas o que estava acontecendo em lugares diferentes do país e do mundo passou a ser um grande objetivo. E foi assim que aconteceu. O primeiro congresso a ser transmitido ao vivo para todo o Brasil pela antena parabólica, pelo Canal do Boi, foi o Congresso Brasil Portugal, uma parte das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, em março de 2000. Desde então, a Rádio Boa Nova, todos os anos faz coberturas de grandes e importantes eventos espíritas.

Clube Amigos da Boa Nova

Os ouvintes da Rádio Boa Nova sempre foram peças chaves para a continuidade do nosso trabalho. Em todos os momentos, foram eles que incentivaram, corresponderam às nossas expectativas e serviram de base para o rumo a seguir. Pensando nisso, foi criado o Clube do Ouvinte, o qual mudou de nome anos depois,  para Clube Amigos da Boa Nova.
 

Internet

O ano de 2001 foi bastante significativo com a questão de avanços tecnológicos. A Internet impactou todo o universo da comunicação contribuindo com mudanças significativas no âmbito de alcance. Sendo assim, desde 2001 a RBN também é transmitida pela Internet, atingindo ouvintes brasileiros que moram em vários lugares do mundo, que procuram por ensinamentos espíritas e uma programação diferenciada, pois em muitos lugares o espiritismo não foi disseminado.

Televisão

Mesmo com tanto trabalho por fazer o próximo – e ousado – passo ainda estava a ser dado: pelo conteúdo e empenho de vários colaboradores foi possível fazer a primeiro transmissão pela televisão. Foi em julho de 2003 que foi ao ar o primeiro programa Boa Nova na TV, o que daria início aos trabalhos da TV Mundo Maior.

Parabólica Digital

Outro passo de extrema importância para a divulgação da Doutrina Espírita foi dado em 2006 pela Fundação Espírita André Luiz. A aquisição de uma parabólica digital que ampliou a qualidade das transmissões da Rede Boa Nova de Rádio e também da TV Mundo Maior
Extraido na integra do site: http://www.radioboanova.com.br
Nota: Através do Android (smartphones e tablets) você pode baixar o aplicativo REDE BOA NOVA do Google play e ouvir quando e onde quiser.
Maria 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A MORTE COLETIVA NA VISÃO ESPIRITA


“Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” Mateus 18:7


29/01/2013 – Boate Kiss – Santa Maria - RS


Hoje (09/02/13) o número de mortos da Boate Kiss, em Santa Maria, RS, é de 238 pessoas e 67 outras continuam internadas. A maioria das mortes foi por envenenamento de gases tóxicos.

Em 04 de fevereiro o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RS) apresenta parecer técnico sobre incêndio na Kiss:

 “Não houve fatalidade, houve uma sequência de erros”

O relatório confirma as causas já apontadas pela imprensa: a combinação de espuma inflamável e tóxica com uso de fogos de artifício, falha nos extintores de incêndio, a dificuldade de evacuação, a deficiência na iluminação de emergência e a falta de um mecanismo para retirar a fumaça.

RESGATE - SANTA MARIA


01/02/1974 - Edifício Joelma – São Paulo – SP


Essa tragédia vitimou 188 pessoas que morreram queimadas ou se jogaram das janelas do prédio de 25 andares.

Inaugurado três anos antes, o edifício ardeu em chamas após um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado do 12º andar tomando em minutos todo o prédio em labaredas e densa fumaça.

VITIMAS DO JOELMA



17/12/1961 - Gran Circus – Niterói – RJ


Cerca de 3 mil pessoas lotavam a grande tenda de espetáculos quando o fogo teve início. Em poucos minutos, todo o teto de parafina derreteu sobre o público. Em meio ao pânico generalizado, dezenas de pessoas foram pisoteadas pela multidão e por uma elefanta do circo, que fugiam em direção ao lado de fora.

A escalada do número de vítimas - inicialmente, foram contabilizados 300 mortos, posteriormente ampliados para 400 até chegar ao número oficial de 503.

Apesar de diversos relatos de precariedade das instalações, a responsabilidade pelo incêndio recaiu sobre um ex-funcionário do circo que havia sido demitido.


RESGATE DE VITIMA NO CIRCO

TRAGÉDIAS COLETIVAS. POR QUE?

 
É nessas horas que perguntamos: Por que acontece esse tipo de coisas? Qual a finalidade desses acidentes que causam a morte conjunta de várias pessoas? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações? Por que algumas pessoas escapam?

Claro que sabemos que Deus não nos julga e nem nos castiga.

Fatalidade, destino, azar são palavras que não combinam com a Doutrina Espírita, da mesma forma que a sorte daqueles que escapam desse tipo de situação, sempre há os relatos daqueles que desejavam estar no local da tragédia e não conseguiram; daqueles que estavam no cenário e não sofreram nada além do susto; e tantos outros.

Então, para a Doutrina Espírita, como se explicam casos como esse? A resposta está no resgate coletivo, conceito que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra encarnação cometeu atos semelhantes – e muitas vezes em conjunto – de descumprimento da lei divina e que, portanto, para individualmente terem a consciência tranquilizada  precisam sanar o débito. Toda a problemática, nesse caso, está no trabalho dos mentores na reunião desses Espíritos de modo a que juntos possam se reajustar frente à Lei Divina.


POR QUE AS MORTES COLETIVAS?

(Quem responde é Leon Denis, Filósofo Francês e Espírita)

Pergunta-se às vezes o que se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes que, de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como conciliar esses fatos com a idéia de plano, de providência, de harmonia universal?

As existências interrompidas prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São em geral, complementares de existências anteriores, truncadas por causa de abusos ou excessos. Quando, em conseqüências de hábitos desregrados, se gastaram os recursos vitais antes da hora marcada pela natureza. Tem-se de voltar a perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres humanos, que devem dar essa reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para sofrerem, numa morte trágica, as conseqüências de atos que têm relação com o passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as catástrofes que lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham de viver e vão preparar-se para existências melhores.

(LEON DENIS, no Livro O problema do Ser do Destino e da Dor, primeira parte, item X - a Morte)
  
O Espiritismo explica com muita coerência, que cada um recebe segundo as suas obras, porque todos estamos submetidos à Lei de Ação e Reação ou de causa e efeito e à Lei de Evolução ou de Progresso.

Segundo a primeira, os seres humanos, com nossos pensamentos, sentimentos e ações, criamos causas que terão um efeito posterior. O caráter positivo ou negativo das causas vão gerar o gênero desses efeitos. É uma Lei que não castiga, mas que reajusta as ações cometidas pelo uso do nosso livre arbítrio. Age devolvendo o caminhante desviado e perdido ao caminho correto do bem e do progresso, através das encarnações sucessivas.

A Lei de Evolução ou do Progresso rege a transformação contínua de tudo o que possui vida, desde os estados rudimentares e inferiores, até formas mais perfeitas e complexas. Por intermédio dessa Lei, o ser humano passou a ser o homem “civilizado” de hoje, abandonando suas etapas selvagens e primitivas. Graças à Lei de Evolução e às provas sucessivas, às quais ela nos submete em nossas existências múltiplas, os seres humanos vamos corrigindo nossas imperfeições, transformando nossos defeitos e debilidades em virtudes ou qualidades, que nos empurram à conquista da vida espiritual. A aplicação do nosso livre arbítrio fará com que essa Lei nos faça caminhar pelas trilhas do bem, do amor e da felicidade, ou ao contrário, pelo caminho da dor.

REAJUSTES NECESSÁRIOS


Gerson Simões Monteiro, presidente da “Fundação Espírita Cristã C. Paulo de Tarso”, em um artigo sobre as mortes coletivas, escreve que as vítimas de um terremoto poderiam ser antigos guerreiros que, numa encarnação anterior, destruíram cidades, lares, mataram mulheres e crianças sob os escombros de suas casas e vitimaram a milhares de pessoas. Numa nova encarnação, são “atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.” São faltas individuais que influem no coletivo.

Acrescentamos que os sobreviventes também são chamados a uma transformação moral, a uma mudança em suas vidas, mas há pessoas que se aproveitam da situação de caos, em uma região que sofreu citado terremoto, para saquear, roubar, violentar e que se beneficiam com egoísmo das doações recebidas. Para essas, a lição não é suficiente e se comprometem mais seriamente ante a coletividade.

Temos também outro exemplo real, explicado nas páginas da literatura espírita. No dia 17 de dezembro de 1961, um circo pegou fogo na cidade de Niterói (Rio de Janeiro) e cerca de 500 pessoas faleceram.

No livro “Cartas e Crônicas”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, o Espírito Humberto de Campos relata a causa do acidente.

No ano 177 da Era Cristã, Marco Aurélio reinava no império romano. Mulheres, homens, crianças, anciões e enfermos cristãos eram detidos, torturados e exterminados. “Mais de 20 mil pessoas já haviam sido mortas”.

Chegou a notícia da visita do famoso guerreiro Lúcio Galo naquelas terras e os donos do poder queriam homenageá-lo de maneira grandiosa e original. Decidiram queimar milhares de cristãos num espetáculo “à altura” do visitante.

“Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.”

“Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento... Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo.”

O notável Mediunato de Chico Xavier também nos esclarece outro fato real ocorrido em São Paulo, no dia 1º de fevereiro de 1974, data em que o Edifício Joelma se incendiou e deixou 188 mortos.

O Espírito Cyro Costa e Cornélio Pires se manifestam por psicografia e deixaram dois sonetos que revelavam a causa das mortes em massa no incêndio. As vítimas resgatavam os “derradeiros resquícios de culpa que ainda traziam na própria alma, remanescentes de compromissos adquiridos em guerra das Cruzadas. (Cyro Costa)

Varrem com fogo e pranto as sombras de outras eras
Combatentes da Cruz em provações austeras,
Conquanto heróis do mundo, honrando os tempos idos. (Cyro Costa)

 É momento de reflexão e oração!!!

Maria

Fontes de pesquisa:


  




domingo, 27 de janeiro de 2013

Mais uma vez a violência

Porque o Brasil é violento?

Uma vez eu vi em um programa de tv um historiador da USP (Universidade de São Paulo) falando sobre a violência e foi categórico em dizer que a violência sempre existiu e que nos dias de hoje muitas formas desconhecidas de violência  estão mais evidentes e conhecidas por conta da globalização. 



Mulher vitima 

A violência urbana afeta a ordem pública e toda a sociedade, independente de classe social, englobando diversos tipos de violência: doméstica, escolar, dentro das empresas, contra idosos, crianças, entre outras. Não há uma causa específica para a violência, apesar de muitos especialistas apontarem a má distribuição de renda como fator principal.


Ônibus queimado

De fato, a desigual distribuição de renda desencadeia um circulo vicioso que vai da privação da educação e de condições básicas de saúde e moradia até o desenvolvimento de caminhos ilegais e a criminalidade. Mas por outro lado, se a pobreza realmente fosse a causa principal da violência urbana brasileira, cidades nordestinas teriam os índices mais altos de violência. Sendo assim, outras causas seriam a desestruturação familiar, o desemprego e o crescimento do crime.

Hoje, no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das instituições de segurança pública em conter o processo de interiorização da violência, a degradação urbana contribui decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos das grandes metrópoles. Na última década, a violência tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência. Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade civil.


                                           Cracolandia: homem de terno usando a droga

O ser humano é violento ou produto do meio?

Diversas teorias psicológicas afirmam que a agressividade é própria do ser humano, mas ao mesmo tempo colocam a importância da cultura, da vida social, como reguladoras dos impulsos destrutivos. A função de controle ocorre no processo de socialização onde é esperado que os vínculos significativos estabelecidos com os outros seja determinante na internalização dos controles. Afirmam ainda que a agressão apresenta-se como um mecanismo de defesa, na forma de deslocamento ou sublimação. Na impossibilidade de ver realizado seu desejo, o psiquismo reage e desloca a energia para a agressividade.
Fiorelli, José Osmir & Mangini, Rosana C. Ragazzoni (2009, p. 271) fornece um exemplo característico: o individuo apresenta um comportamento agressivo ("a criança chora para ganhar um doce"); consegue o que quer ("a mãe dá o doce"); ela volta a agredir pelo mesmo ou outro motivo ("generaliza o comportamento") e obtém novamente sucesso. Torna-se cada vez mais agressiva.
A abordagem psicológica da linha social-cognitiva, representada por Bandura, diz que a agressividade pode ter origem nos modelos: a criança e o adolescente aprendem o que é considerado mera agressividade ou violência com os pais, colegas de escola, ídolos etc. A partir daí, passam a se comportar de forma a repeti-los, para estar "à altura deles". Também a psicologia humanista discute o tema ao dizer que o heroísmo da violência e dos violentos, amplamente divulgado pela mídia, desenvolve a percepção para os benefícios da agressividade na conquista de status, representando um fator motivacional, segundo a hierarquia de Maslow.

O que a ciência vê como uma deformação de ordem puramente constitucional ou como instinto primordial do homem, ou, ainda mesmo, como aprendizado ou herança eminentemente cultural, a ciência espírita compreende por outro prisma, porque leva em consideração, sobretudo, os “antecedentes espirituais”, isto é, o conjunto de disposições e tendências do espírito, e não, propriamente, as anomalias e deficiências da constituição somática ou da estrutura psíquica ou social do indivíduo.

A Doutrina Espírita entende o violento como um doente espiritual e não como produto do meio social nem como resultado de uma degenerescência hereditária e, muito menos ainda, como um ser criado com instinto destruidor, do qual ele não pode fugir. Se o indivíduo fosse fruto de seu meio, toda a sociedade bem organizada teria como produto homens de bem. Do mesmo modo, se admitíssemos a tese da hereditariedade, o grau de criminosos numa família oriunda de pais criminosos teria que ser mais elevada do que vemos normalmente.

Para entender o nível evolutivo dos Espíritos que vivem em nosso mundo, vejamos o que Santo Agostinho (Espírito) escreveu no ano de 1862:

“(...) nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Eis a informação a que nos reportamos:

“Vivendo encarnados no Planeta quase dois bilhões de individualidades humanas, esclareceu o benfeitor que mais de um bilhão é constituído por Espíritos semicivilizados ou bárbaros e que as pessoas aptas à espiritualidade superior não passam de seiscentos milhões, divididas pelas várias famílias continentais. Torna-se fácil, portanto, avaliar a extensão do serviço regenerativo além do túmulo, considerando-se que homem algum se transforma instantaneamente.” (Voltei, livro psicografado Irmão Jacob.)

Não é difícil compreender por que o nosso planeta continua a ser, e o será por longo tempo, um mundo de provas e expiações, constituindo a violência e a criminalidade tão-somente reflexas dessa condição e do estágio evolutivo em que nós, os terráqueos, ainda nos encontramos.

Pena de morte?


É comum a cada crime que acontece e há que dizer que a cada dia os crimes estão mais cruéis, volta-se a falar da pena de morte.

Se lermos e entendermos tudo que acima foi relatado haveremos de nunca pensar nessa possibilidade.

Senão vejamos:


Os criminosos de hoje provavelmente serão as vítimas de amanhã. As vítimas de hoje provavelmente cometeram crimes no seu passado milenar. Na verdade, todos já cometemos crimes terríveis, não podemos nos iludir a respeito. O que nos diferencia uns dos outros é o que aprendemos após isso, é o tempo que decorreu desde o nosso arrependimento sincero.






sábado, 22 de dezembro de 2012

Os animais tem alma?


Esses dias eu vi esse vídeo na internet e fiquei a meditar sobre vários pontos, tais como:
- Porque os animais estão cada vez mais presentes em nossas vidas?;
- Qual é a importância dessa presença?;
- E o que podemos fazer por eles?


Os animais são nossos irmãos?


A veterinária Irvênia Prada, professora e orientadora do curso de pós-graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP afirma que os animais têm alma e podem, em uma outra vida, voltar à Terra como humanos.

Autora dos livros "A Alma dos Animais" (Editora Mantiqueira) e "A Questão Espiritual dos Animais" (Editora Folha Espírita), Irvênia diz que os animais têm vida após a morte e  acrescenta que é possível que os homens e seus animais de estimação voltem a se encontrar "do outro lado".

Seria possível então os animais um dia poderem virar gente ou um humano voltar à terra como um cachorro ou gato? Irvênia diz que não, porque dentro do conceito de evolução dos espíritos, defendido pela doutrina espírita, não há retrocesso.

Perguntada sobre a conclusão a qual ela chegou de que os animais têm alma, ela esclarece que ao longo da profissão de veterinária, começou a se perguntar por que os animais sofrem. Na doutrina espírita, a gente fala que quando as pessoas sofrem, elas estão amadurecendo. “Então, eu via na minha profissão os animais terem câncer, epilepsia, enfim, toda sorte de sofrimento que os homens também têm. Então, resolvi estudar dentro do espiritismo a explicação para o sofrimento dos animais e comecei a entender que eles, como os seres humanos, também estão evoluindo. E nesse processo evolutivo de amadurecimento do espírito, a dor e o sofrimento são subprodutos da evolução”, explica Irvenia.

Que divida então teria um cachorro que passa a vida toda revirando lixo, enquanto outro só come ração importada?

São todos espíritos em evolução. Como eles também reencarnam e vão ter outras oportunidades, nem sempre eles vão nascer como animais que serão maltratados ou bem cuidados. Os próprios espíritos que cuidam da reencarnação dos animais orientam os animais que sofreram em uma vida para que tenham uma família mais aconchegante. Enfim, em toda essa trajetória evolutiva nós estamos aprendendo, inexoravelmente.
Emmanuel, que é um espírito que nos ajuda muito com suas obras, diz que na escola da vida, onde estamos todos matriculados, as aflições nos impingem esse esforço que chamamos de sofrimento. Ele também diz que nós nem sempre estamos sofrendo para resgatarmos dívidas do passado, mas sim para aprender.

Diz a veterinária ainda que é possível que os seres humanos já tenham sido animais no inicio de seu processo reencarnatório porque o chamado princípio inteligente, que é o espírito criado simples e ignorante, estará estagiando por milhares de processos reencarnatórios para ir aprendendo e que Emmanuel já falou que o animal caminha para a condição de homem, tanto quanto o homem caminha para a condição da plenitude. É um processo evolutivo a que todos tendemos.

No livro"A questão espiritual dos animais", que trata desse assunto, a veterinária cita que acredita que iremos encontrar nosso animal de estimação "do outro lado", quando morrermos.




Até sua morte em 01/02/2010, o médico veterinário e escritor  paulista Marcel Benedetti foi pioneiro no atendimento espiritual aos animais. Um dos idealizadores da ASSEAMA (Associação Espírita Amigos dos Animais) que realiza um trabalho relevante de conscientização. Dizia ele, sofrer críticas constantes daqueles que não aceitam a idéia de que animais merecem essas atenções da Espiritualidade e se beneficiam da boa vontade dos Espíritos.

“Houve desde o início resistência dentro do movimento espírita, principalmente porque no tratamento há imposição de mãos, tal como se faz com as pessoas. As pessoas contrárias à ideia de tratar animais em centros espíritas são vítimas do sentimento de orgulho, que não admite que seres considerados, até pouco tempo, como irracionais sejam tratados como o são os humanos. Entretanto, não levam em consideração que Deus não privilegia nenhum de seus filhos, e não daria aos humanos o privilégio de uma assistência espiritual para lhes aliviar algum sofrimento em detrimento dos animais, que são nossos irmãos. Digo que são nossos irmãos porque são filhos do mesmo Pai. Quem já teve oportunidade de ler a Codificação Espírita encontrará textos que dizem que fomos criados simples e ignorantes e evoluímos desde o átomo até o arcanjo. Como evoluir do átomo ao arcanjo sem passar pela fase de animalidade? As pessoas contrárias aos tratamentos espirituais em animais não levam em consideração os resultados nem o consolo preconizado pelo Espiritismo. Pois, embora os animais não entendam integralmente o que lhes acontece, as pessoas que se preocupam com eles sentem-se aliviadas também quando o sofrimento de seus amigos animais minora”, dizia ele.


Fontes de Pesquisa: 
http://www.anda.jor.br/01/02/2010/o-veterinario-e-defensor-de-animais-marcel-benedeti-morre-em-sp
http://www.abrigodosbichos.com.br/noticias205.htm

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O que acontecerá em 21/12/12?




Vocês sabem que eu adoro pesquisar, né? Então outro dia estávamos, no trabalho, comentando sobre a fatídica data: 21/12/12 e então eu vi que não sabia nada sobre isso a não ser a frase chavão “CLARO QUE O MUNDO NÃO VAI ACABAR!”, mas só isso soube falar. Logo eu que adoro saber tudo!

Então fui à busca de informações e pesquisei muito. Não só sob a ótica espírita. 

Sabiam que não é de hoje que o mundo “vai acabar” com data marcada e tudo?


Vejam as datas que o mundo não foi avisado que tinha que acabar: 

992 d.C. Em 960, Bernard de Thurings anunciou, com alarme na Europa, que o mundo só tinha mais 32 anos de existência. Felizmente para ele morreu antes da data anunciada.
31.12.999 - O mundo acabaria 1000 anos após o nascimento de Cristo.
31.12.1033 - Afinal não se devia contar a partir do nascimento, mas sim da morte de Cristo...
Setembro de 1186 - O astrólogo João de Toledo, em 1179, anuncia o fim do mundo quando todos os planetas estiverem em conjunção em Libra. Se incluirmos o Sol, isso aconteceu em 23 de Setembro de 1186 às 16h15min TMG, ou a 3 de Outubro do novo calendário.
1260 - Joaquim de Fiore apontou para 1260.
1 Fevereiro 1524 - Uma das datas mais espetaculares. O fim seria pela água. Em Junho de 1523 os astrólogos calcularam que o Fim se iniciaria em Londres com um dilúvio. 20.000 pessoas abandonaram as suas casas. O pároco de S. Bartolomeu construiu uma fortaleza com água e comida para dois meses de espera. Quando nada aconteceu fizeram-se novos cálculos que apontaram para mais cem anos. Mas esse ano foi mesmo especial! Nicolaus Pere previu que a conjunção dos principais planetas em Peixes (um símbolo da água), o que reforçava a idéia do dilúvio. Uma das vozes que se levantou contra foi George Tannstetter, astrólogo e matemático. No seu horóscopo previu que viveria para lá de 1524, o que o levou a negar os outros cálculos. Era um cético. Uma inundação gigante foi prevista para 20 de Fevereiro (ou 2 de Fevereiro) pelo astrólogo Johannes Stroeffler em 1499. A conjunção envolvia Mercúrio, Venus, Marte, Júpiter e Saturno, mais o Sol, todos em Peixes. Mas foi em 23 e não em 20. Em resposta a estas profecias, na Alemanha, as pessoas construíam barcos, e um Conde Von Iggleheim construiu uma arca com 3 andares. O mesmo se passava em Toulouse. Quando choveu ligeiramente na data prevista, as pessoas atacaram a arca do Conde. Pessoas morreram.
1532 - Frederick Nansea, bispo de Viena, achou que um grande desastre estava próximo. Acreditou nas testemunhas que o informavam do que viam: cruzes sangrentas no céu, um cometa, três sóis, um castelo no céu.
13 Outubro 1533, 8h00 - Michael Stifel (também conhecido por Stifelius) calcula a data e hora a partir do Livro das Revelações.
1537 - Uma lista de profecias surge em Dijon, França, atribuídos ao astrólogo Pierre Turrel, a titulo póstumo. Ele usou 4 métodos diferentes de cálculo, chegando a 4 datas diferentes espalhadas por 277 anos.
1572 - Eclipse solar em Londres e espetaculares novas no céu. Pânico geral.
1584 - O astrólogo Ciprian Leowitz, incluído em 1559 no índex de autores proibidos por Paulo IV, prediz o fim para 1584.
1648 - O rabi Sabbati Zevi, de Smyrna, interpreta a cabala mostrando que o Messias e o seu advento chegam em 1648. Em 1665, apesar de nada ter acontecido, os seus seguidores tinham aumentado, e a nova data é marcada para 1666. Cidadãos de Smyrna abandonam o trabalho e preparam-se para o regresso a Jerusalém. Os problemas aumentam quando Zevi é preso pelo sultão de Constantinopla. Este converte Zevi ao Islamismo e o movimento acaba.
1704 - O Cardeal Nicholas de Cusa, sem autorização do Vaticano, declara o Fim para 1704.
13.10. 1736 - Novo fim do mundo a começar em Londres. Desta vez previsto por William Whiston. Nem sequer choveu.
1757 - Emanuel Swedenberg anuncia o fim do mundo, informado por um anjo, segundo ele. Ninguem lhe ligou, nem os anjos.
1801 - Uma das datas (foram 4) previstas pelo astrólogo Pierre Turrel.
1814 - Mais uma data de Pierre Turdel.
1843 - O adventista William Miller anunciou o apocalipse para 3 de abril, depois 7 de julho, depois 21 de março de 1844 e, por fim 22 de outubro.
1874 - Data calculada por Charles Taze Russel das Testemunhas de Jeová para o Fim.
1881 - Data obtida através de medições na Grande Pirâmide de Gizé, no túmulo de Cheops. Novos cálculos, mais "precisos" alteram a data para 1936. Melhorando-se ainda a medição e os cálculos, obteve-se 1953. Continuam a ser feitas medições.
1914 - A segunda das datas das Testemunhas de Jeová.
1936 - Novas medições na Grande Pirâmide.
1953 - Novas medições na Grande Pirâmide.
1975 - A terceira data das Testemunhas de Jeová.
1999 - Jeane Dixon (1918-1997): "Em 1999, os EUA e os seus aliados estarão em guerra como a Rússia e os seus satélites. Mísseis russos provocarão um holocausto nuclear nas cidades dos EUA".
Julho de 1999 - Nostradamus, em X-72 afirma: O ano mil novecentos noventa nove, mês sete do céu virá grande Rei assustador ressuscitar o grande Rei dos Mongóis. Antes e depois de Marte reinar por boa hora
18 de Agosto de 1999 - Criswell (1907-1982): Um Arco Iris Negro (uma perturbação magnética na atmosfera causada por atrações gravitacionais no universo) retirará oxigênio da Terra. Esta deixará a sua órbita e encaminhar-se-á para o Sol.
2000 - Os teóricos do apocalipse disseram que o Juízo Final ocorreria 2000 anos após o nascimento de Cristo.

E agora a chamada Profecia Maia determina que o mundo vai acabar em 21/12/12.
Há que se dizer que em nenhum momento os Maias falaram que o mundo ia acabar.

OS MAIAS



É um dos mais antigos povos da América Central. Das várias profecias feitas por esse povo, há mais de 5 mil anos, a que mais chama a atenção de cientistas e filósofos de todo o mundo é a exatidão e o mistério contidos no calendário maia, que cita o ano 2012 como um ano-chave para mudanças em nosso planeta e o fim de um ciclo.

Os maias acreditavam que a nossa Galáxia segue um ciclo imutável, o que pode e deve ser mudado é a consciência da humanidade rumo à evolução. Eles apontam que sua civilização era a quinta iluminada pelo Sol, ou seja, estavam no quinto grande ciclo solar e, por conseqüência, outras quatro já haviam passado pela Terra e foram destruídas por desastres naturais.

Os maias previram que o Sol mudará a sua polarização em 22 de dezembro de 2012, após receber um raio sincronizado com origem no centro da Galáxia, um raio que dará origem a explosões solares iniciando a transformação do planeta. Desse modo, uma nova era terá início: o sexto ciclo solar. Os maias relatavam que esse fenômeno acontece a cada 5.125 anos (de acordo com estudiosos e pesquisadores, o início deste ciclo solar se deu no ano 3113 a.C.) e que a Terra será afetada pelo Sol devido a uma mudança no seu eixo de rotação.

Os maias não falam em fim do mundo, mas em um processo de transformação em que o espírito ganhará em sua jornada de evolução a esferas mais altas.

Consultando-se astrônomos foi verificado que realmente haverá um solstício em nosso planeta em 21/12/2012, fato em que o Sol se alinhará com o centro de nossa galáxia, a Via Láctea.

Segundo cientistas, esse fenômeno manipulará uma grande quantidade de energia no espaço como um todo, podendo provocar muitos fenômenos, como uma tempestade de raios cósmicos sobre o planeta terra, com grande incidência de Raios Gama*, o que seria fatal sobre a vida existente em nosso planeta, ou mesmo um efeito eletromagnético intenso, alterando dessa forma a inclinação do eixo magnético do nosso planeta, o que também seria fatídico para nossa existência.
Para o planeta Terra, as conseqüências de uma descarga massiva de raios gama seriam devastadoras.
Raios Gama* de alta potência poderiam afetar todas as formas de vida do planeta e destruir a camada de ozônio, deixando a Terra vulnerável aos raios ultravioleta do Sol, provocando naqueles que conseguirem sobreviver, algo imensamente terrível.

RAIOS GAMA: Tipo de radiação eletromagnética que possui o comprimento de onda mais curto e, consequentemente, a mais alta freqüência em todo o espectro eletromagnético. Isto também implica que os raios gama possuem a mais alta energia entre todas as formas de radiação eletromagnética. Usualmente chamamos de raios gama qualquer fóton que possua energia maior do que, aproximadamente, 100 keV.
Os raios gama são muito penetrantes.
Na Astrofísica os raios gama fazem parte do domínio da chamada Astrofísica de Altas Energias.

OS CALENDÁRIOS MAIA


O tempo do jornalista colombiano Fernand Malkun é dividido entre a investigação e conferências. Este especialista em cultura maia explica o que esta civilização realmente escreveu sobre o ano de 2012.
Há quinze anos, Fernando Malkun, barranquillero (natural de Barranquilla, uma cidade da Colômbia) de origem libanesa, deixou a arquitetura que tinha estudado na Universidade de los Andes, e a qual havia se dedicado por quase uma década, para responder às perguntas que se atravessaram em sua vida. Durante esse tempo, ele se encontrou com a cultura Maia e dedicou-se completamente ao seu estudo. Hoje é um especialista no tema, com reconhecimento internacional e continua viajando pelo mundo explicando a mensagem que esta civilização deixou para os seres humanos.

Leia na integra uma entrevista do especialista e tire suas conclusões.



Folha Espírita: O que o levou a se interessar pelas profecias maias?
Fernando Malkun: Foi um fato que aconteceu em 1999, quando eu estava num congresso no México do qual participavam xamãs vindos de várias partes das Américas. Naquela ocasião, todos estavam preocupados com a chegada do novo milênio e se discutia muito o que poderia acontecer nos próximos anos. Durante minhas pesquisas sobre os tópicos abordados no congresso, e observando os fenômenos astronômicos que estavam acontecendo naquela época, cheguei à conclusão que tudo estava baseado no calendário maia, que era extremamente preciso. Analisando as informações contidas nesse calendário, decidi ordená-las na forma de As Sete Profecias Maias.

FE: Quais são os pontos-chave das profecias?
Malkun: Os pontos-chave dizem respeito aos tempos que estamos vivendo atualmente. Sabemos que a Terra dá um giro completo em torno de seu eixo a cada 24 horas, ao mesmo tempo em que percorre a órbita em torno do Sol em 365 dias. Além disso, o Sistema Solar se move ao redor da Galáxia segundo ciclos bem definidos com duração, de acordo com os maias, de 25.625 anos, que podem ser chamados de dias galácticos. Os cientistas de nosso tempo denominam esse ciclo de Precessão dos Equinócios, com duração de 25.920 anos. Esses ciclos cósmicos determinam a evolução da consciência da humanidade. Cada um deles tem uma freqüência de vibração e, à medida que a Terra passa por essa mesma freqüência, coisas acontecem com a mente das pessoas. Dessa forma, tudo acontece segundo orientação divina, que provoca esses estados diferentes na mente dos seres humanos, auxiliando-os a entender melhor a ordem do universo e as leis da natureza.

FE: Os maias tomaram conhecimento desses ciclos cósmicos?
Malkun: Sim, os maias tomaram conhecimento desses ciclos cósmicos e os dividiram em cinco eras de 5.125 anos cada. Segundo eles, estamos vivendo na quarta era, sendo que os últimos dias dessa era vão ocorrer por volta de 2012. Essa não é uma informação apenas dos maias. Os egípcios, os hindus, os antigos habitantes da Babilônia, todos eles já tinham essa informação. No presente tempo, o Sistema Solar está atravessando a parte posterior da Galáxia. Estamos, portanto, deixando o período de escuridão do ciclo cósmico para entrar no de luz. Muita coisa vai mudar na nossa Galáxia.

FE: O que vai ocorrer nesse próximo ciclo cósmico?
Malkun: As atividades do Sol vão sofrer grandes modificações devido à trajetória que esse astro vai percorrer. Como conseqüência, a temperatura da Terra vai aumentar e haverá elevação do nível do mar devido ao derretimento do gelo nas montanhas e nas calotas polares. As correntes marítimas sofrerão alterações e o clima nas várias regiões do planeta vai passar por mudanças dramáticas. A Terra vai receber mais energia do Sol e do centro da Galáxia, elevando o nível de nossa energia vital e acarretando mudanças na nossa mente, quer dizer, nas nossas crenças e noção da realidade. Com isso, vamos nos livrar principalmente do medo, que é a razão de muito dos nossos sofrimentos.

FE: Quais os fatos ou comprovações que nos levam a aceitar e tomar como verdadeiras essas profecias?
Malkun: O primeiro fato é que o Sol está passando por um período de extrema atividade, a mais intensa de que se tem notícia. Isso foi previsto pelos maias. Em segundo lugar, eles também falaram em termos do trânsito de Vênus, baseando-se no giro de 584 dias desse planeta para efetuar seus cálculos solares. Deixaram registrados que a cada 117 giros de Vênus, marcados a cada vez que o planeta aparece no mesmo ponto do céu, o Sol sofre fortes alterações. O próximo trânsito será em torno de junho de 2012.

FE: A data-chave de 22 de dezembro de 2012 será o dia que realmente vai mudar os rumos da civilização atual da Terra?
Malkun: As mudanças já estão ocorrendo desde 1992; não vão acontecer apenas nos últimos dias do ciclo previsto pelos maias. Aliás, é de se ressaltar que eles se constituíram na única civilização que tinha conhecimento do final dos tempos. Agora estamos apenas a quatro anos dessa data. Trata-se de uma transformação contínua e não de uma mudança repentina e isolada. A queda das torres gêmeas do World Trade Center de Nova York, em 11 de setembro de 2001, ante o olhar horrorizado de milhões em todo o mundo, é um exemplo desse tipo de transformação. Fatos como esse continuarão a acontecer ao nosso redor, de modo a reorientar nosso pensamento em relação à vida. Infelizmente, apenas quando estamos perto da morte é que temos uma visão mais neutra da vida. Mudando nossa forma de pensar, poderemos aumentar nosso senso de integração com o universo e com a realidade.

FE: Essa data é exata ou aproximada? Nessa data estão consideradas as diferenças do calendário?
Malkun: Como já disse, o calendário maia é muito preciso baseado no movimento dos corpos celestes como é observado pelos estudiosos da Astronomia. É bem diferente do nosso calendário. Tem por base períodos de 100 anos, pois a cada 100 anos o planeta Vênus atinge o ponto mais próximo do Sol por duas vezes, separadas por um espaço de oito anos. Em 2012 Vênus vai atingir um desses pontos.

FE: Quais tipos de acontecimentos vivenciaremos?
Malkun: Na verdade, as mudanças estão em curso. Estamos vivendo a era da energia, da informação e da capacidade de manifestação de poder. A energia é aquela enviada pelo Sol, que causa impacto direto na ionosfera. Esta acumula cargas elétricas crescentes, com conseqüências diretas para o planeta. Há 30 anos a quantidade de descargas elétricas na superfície da Terra era de 1.000 por segundo; agora, neste mesmo período, temos 2.200. Estamos imersos em eletricidade. O pico da freqüência da Terra, que era de 8 Hz durante os últimos 2.160 anos, está aumentando para 13 Hz. Tudo isso está afetando nossa energia. Quanto à era da informação, temos de considerar que a população da Terra agora já é de 6,5 bilhões de pessoas e que, com os meios modernos de comunicação (mídia em suas várias formas, computadores, Internet, etc., cada dia mais velozes), estão interagindo cada vez mais entre si, trocando energia uns com os outros. Essa é a maneira pela qual aprendemos acerca do universo e este nos ensina a viver essa integração.

FE: Serão ocorrências radicais ou gradativas? O eixo da Terra voltará à posição vertical?
Malkun: Como ressaltei, existem muitas coisas ocorrendo atualmente. O futuro vai nos trazer muitas coisas novas e importantes. Com o maior nível de energia que o universo nos repassa, vamos aumentar nossa percepção, podendo ver a aura das pessoas, isto é, o campo magnético que as envolve. Quando isso acontecer, não vai haver mais mentiras e ninguém poderá esconder nada dos outros. Com respeito à mudança do eixo da Terra, devido ao degelo das calotas polares, isso não é uma certeza. As principais mudanças irão ocorrer porque o ser humano vai mudar. Quando mudamos o nosso interior, tudo ao nosso redor também se altera.
Existem outras previsões, como, por exemplo, a de que o Sol vai interromper a emissão de luz visível por 72 horas. Após isso, continuaria emitindo radiação não visível, como raios-X, raios infravermelhos, etc. Isso causaria muito impacto, acarretando mudança interior em todas as pessoas. Mas não existe uma certeza absoluta de que isso vai acontecer apenas uma probabilidade indicada nos registros maias. Vai depender de algumas decisões que podem ou não ser tomadas pelo ser humano.

FE: A ordem mundial, tanto no aspecto sociológico quanto econômico, mudará de fato para sempre?
Malkun: Tudo vai mudar. Devido ao aumento da freqüência da Terra, o medo (que condiciona de várias formas a realidade das pessoas) vai desaparecer. Militares, políticos e forças econômicas vão agir de outra forma. As religiões, baseadas no medo e em julgamentos quanto ao bem e ao mal, também vão mudar.

FE: Haverá alteração do comportamento atual do ser humano que hoje trabalha em busca de dinheiro, porém pensando em gastá-lo no futuro quando então imagina atingirá a felicidade?
Malkun: O dinheiro representa uma mistura de energia e consciência. Somos uma sociedade capitalista, baseada em bens materiais. Portanto, dinheiro é importante para nossa sociedade, pois é a base do seu funcionamento. Quando as pessoas puderem incorporar outras freqüências acima das que hoje nossos olhos são capazes de enxergar, começarão a ver o que se passa no íntimo dos outros. Então, não haverá mais mentiras e o comportamento da sociedade vai mudar, vai haver mais harmonia entre os seres humanos, que aprenderão o significado real do amor e entenderão melhor o universo.

FE: Sendo os maias um povo bastante espiritualizado e observador da natureza, fazendo previsões dessa magnitude, por que desapareceram?
Malkun: Em filosofia esotérica, maya significa mente que se libera do corpo para se mover a grandes distâncias com plena consciência. Será que esse significado teria algo a ver com o desaparecimento quase total do povo maia no ano de 830 d.C.? Foi um desaparecimento voluntário e consciente, tendo eles abandonado suas cidades e suas casas no momento de maior desenvolvimento de sua civilização.

FE: O que mais o impressionou na visita às ruínas dos maias?
Malkun: Acho que foi o fato de eles terem conseguido construir uma sociedade em harmonia com a natureza. Também construíram várias pirâmides, que lhes proporcionavam locais elevados onde podiam observar o universo com mais facilidade. Isso me impressionou bastante; eram muito imponentes. Todas as construções da civilização maia têm um estilo muito particular que traduzem a maneira como eles viam e se apropriavam do universo.

FE: Quais as suas pesquisas e trabalhos atuais?
Malkun: Terminei há pouco tempo de escrever um livro sobre os maias, de título São Balám, o Profeta Maia, que trata de todos esses assuntos abordados nesta entrevista. Esse livro traz informações detalhadas sobre a civilização maia do período clássico, descrevendo os conhecimentos científicos, espirituais, cósmicos e de calendários acumulados por gerações de sacerdotes na antiga escola de mistérios maia.

Não conheço a Doutrina Espírita, mas acho importante focalizar a neutralidade. Sem ela, não podemos manifestar nossa essência. Deus não deseja que julguemos o comportamento dos outros; devemos ter neutralidade, tolerância e flexibilidade. Essa é a única forma em que o homem pode aprender sobre tudo que existe no universo. Essa é a mensagem que deixo a todos os brasileiros.

Fontes de pesquisa: