“Ai do mundo, por causa dos
escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por
quem o escândalo vem!” Mateus 18:7
29/01/2013 – Boate Kiss – Santa Maria - RS
Hoje (09/02/13) o número de
mortos da Boate Kiss, em
Santa Maria, RS, é de 238 pessoas e 67 outras continuam
internadas. A maioria das mortes foi por envenenamento de gases tóxicos.
Em 04 de fevereiro o Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RS) apresenta parecer técnico
sobre incêndio na Kiss:
“Não houve fatalidade, houve uma sequência de
erros”
O relatório confirma as causas já
apontadas pela imprensa: a combinação de espuma inflamável e tóxica com uso de
fogos de artifício, falha nos extintores de incêndio, a dificuldade de
evacuação, a deficiência na iluminação de emergência e a falta de um mecanismo
para retirar a fumaça.
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RESGATE - SANTA MARIA |
01/02/1974 - Edifício Joelma – São Paulo – SP
Essa tragédia vitimou 188 pessoas
que morreram queimadas ou se jogaram das janelas do prédio de 25 andares.
Inaugurado três anos antes, o
edifício ardeu em chamas após um curto-circuito em um aparelho de
ar-condicionado do 12º andar tomando em minutos todo o prédio em labaredas e densa
fumaça.
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VITIMAS DO JOELMA |
17/12/1961 - Gran Circus – Niterói – RJ
Cerca de 3 mil pessoas lotavam a
grande tenda de espetáculos quando o fogo teve início. Em poucos minutos, todo
o teto de parafina derreteu sobre o público. Em meio ao pânico generalizado,
dezenas de pessoas foram pisoteadas pela multidão e por uma elefanta do circo,
que fugiam em direção ao lado de fora.
A escalada do número de vítimas -
inicialmente, foram contabilizados 300 mortos, posteriormente ampliados para
400 até chegar ao número oficial de 503.
Apesar de diversos relatos de
precariedade das instalações, a responsabilidade pelo incêndio recaiu sobre um
ex-funcionário do circo que havia sido demitido.
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RESGATE DE VITIMA NO CIRCO |
TRAGÉDIAS COLETIVAS. POR QUE?
É nessas horas que perguntamos: Por
que acontece esse tipo de coisas? Qual a finalidade desses acidentes que causam
a morte conjunta de várias pessoas? Como a Justiça Divina pode ser percebida
nessas situações? Por que algumas pessoas escapam?
Claro que sabemos que Deus não
nos julga e nem nos castiga.
Fatalidade, destino, azar são
palavras que não combinam com a Doutrina Espírita, da mesma forma que a sorte
daqueles que escapam desse tipo de situação, sempre há os relatos daqueles que desejavam
estar no local da tragédia e não conseguiram; daqueles que estavam no cenário e
não sofreram nada além do susto; e tantos outros.
Então, para a Doutrina Espírita,
como se explicam casos como esse? A resposta está no resgate coletivo, conceito
que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra
encarnação cometeu atos semelhantes – e muitas vezes em conjunto – de
descumprimento da lei divina e que, portanto, para individualmente terem a
consciência tranquilizada precisam sanar o débito. Toda a problemática, nesse
caso, está no trabalho dos mentores na reunião desses Espíritos de modo a que
juntos possam se reajustar frente à Lei Divina.
POR QUE AS MORTES COLETIVAS?
(Quem responde é Leon Denis,
Filósofo Francês e Espírita)
Pergunta-se às vezes o que se
deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes que,
de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como conciliar esses fatos
com a idéia de plano, de providência, de harmonia universal?
As existências interrompidas
prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São em
geral, complementares de existências anteriores, truncadas por causa de abusos
ou excessos. Quando, em conseqüências de hábitos desregrados, se gastaram os
recursos vitais antes da hora marcada pela natureza. Tem-se de voltar a
perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência
precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres humanos, que
devem dar essa reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para
sofrerem, numa morte trágica, as conseqüências de atos que têm relação com o
passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as catástrofes que
lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham
de viver e vão preparar-se para existências melhores.
(LEON DENIS, no Livro O problema
do Ser do Destino e da Dor, primeira parte, item X - a Morte)
O Espiritismo explica com muita
coerência, que cada um recebe segundo as suas obras, porque todos estamos
submetidos à Lei de Ação e Reação ou de causa e efeito e à Lei de Evolução ou
de Progresso.
Segundo a primeira, os seres
humanos, com nossos pensamentos, sentimentos e ações, criamos causas que terão
um efeito posterior. O caráter positivo ou negativo das causas vão gerar o
gênero desses efeitos. É uma Lei que não castiga, mas que reajusta as ações
cometidas pelo uso do nosso livre arbítrio. Age devolvendo o caminhante
desviado e perdido ao caminho correto do bem e do progresso, através das
encarnações sucessivas.
A Lei de Evolução ou do Progresso
rege a transformação contínua de tudo o que possui vida, desde os estados
rudimentares e inferiores, até formas mais perfeitas e complexas. Por
intermédio dessa Lei, o ser humano passou a ser o homem “civilizado” de hoje,
abandonando suas etapas selvagens e primitivas. Graças à Lei de Evolução e às
provas sucessivas, às quais ela nos submete em nossas existências múltiplas, os
seres humanos vamos corrigindo nossas imperfeições, transformando nossos
defeitos e debilidades em virtudes ou qualidades, que nos empurram à conquista
da vida espiritual. A aplicação do nosso livre arbítrio fará com que essa Lei
nos faça caminhar pelas trilhas do bem, do amor e da felicidade, ou ao
contrário, pelo caminho da dor.
REAJUSTES NECESSÁRIOS
Gerson Simões Monteiro,
presidente da “Fundação Espírita Cristã C. Paulo de Tarso”, em um artigo sobre
as mortes coletivas, escreve que as vítimas de um terremoto poderiam ser
antigos guerreiros que, numa encarnação anterior, destruíram cidades, lares,
mataram mulheres e crianças sob os escombros de suas casas e vitimaram a
milhares de pessoas. Numa nova encarnação, são “atraídos por uma força
magnética pelos crimes praticados coletivamente, reúnem em determinadas
circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe
semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.” São
faltas individuais que influem no coletivo.
Acrescentamos que os
sobreviventes também são chamados a uma transformação moral, a uma mudança em
suas vidas, mas há pessoas que se aproveitam da situação de caos, em uma região
que sofreu citado terremoto, para saquear, roubar, violentar e que se
beneficiam com egoísmo das doações recebidas. Para essas, a lição não é
suficiente e se comprometem mais seriamente ante a coletividade.
Temos também outro exemplo real,
explicado nas páginas da literatura espírita. No dia 17 de dezembro de 1961, um
circo pegou fogo na cidade de Niterói (Rio de Janeiro) e cerca de 500 pessoas
faleceram.
No livro “Cartas e Crônicas”,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, o Espírito Humberto de Campos relata
a causa do acidente.
No ano 177 da Era Cristã, Marco
Aurélio reinava no império romano. Mulheres, homens, crianças, anciões e
enfermos cristãos eram detidos, torturados e exterminados. “Mais de 20 mil
pessoas já haviam sido mortas”.
Chegou a notícia da visita do
famoso guerreiro Lúcio Galo naquelas terras e os donos do poder queriam
homenageá-lo de maneira grandiosa e original. Decidiram queimar milhares de
cristãos num espetáculo “à altura” do visitante.
“Durante a noite inteira, mais de
mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia
subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em
gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas
nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em
correria.”
“Quase dezoito séculos passaram
sobre o tenebroso acontecimento... Entretanto, a justiça da Lei, através da
reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de
idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de
1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo.”
O notável Mediunato de Chico
Xavier também nos esclarece outro fato real ocorrido em São Paulo, no dia 1º de
fevereiro de 1974, data em que o Edifício Joelma se incendiou e deixou 188
mortos.
O Espírito Cyro Costa e Cornélio
Pires se manifestam por psicografia e deixaram dois sonetos que revelavam a
causa das mortes em massa no incêndio. As vítimas resgatavam os “derradeiros
resquícios de culpa que ainda traziam na própria alma, remanescentes de
compromissos adquiridos em guerra das Cruzadas. (Cyro Costa)
Varrem com fogo e pranto as
sombras de outras eras
Combatentes da Cruz em provações
austeras,
Conquanto heróis do mundo,
honrando os tempos idos. (Cyro Costa)
É momento de reflexão e oração!!!
Maria
Fontes de pesquisa: